O que carrego em meu corpo

O trabalho com o lúdico, a brincadeira é muito presente em todos os anos na Educação Infantil e nas séries iniciais do Ensino Fundamental. Temos convicção que esse aspecto pode e deve ser oportunizado dentro e fora da escola e é de extrema importância na formação pessoal das crianças. Nesse texto da nossa professora de Educação Física, teremos a oportunidade de retornar ao passado e lembrar das sensações prazerosas que as brincadeiras proporcionavam e o quanto todas elas foram importantes para o aprendizado. Vencer, perder, adequar-se as situações, acreditar em si mesmo, errar, acertar, tentar de novo, não desistir, e tantas outras experiências que tivemos nesses momentos.

O que carrego em meu corpo

É interessante como a vida passa tão rápido! Não que eu já esteja no fim da minha, pelo contrário, acho que ainda não estou nem na metade, mas é curioso pensar que até ontem eu era apenas uma garotinha. Digo isso porque tenho grande apreço em recordar minha infância. Engraçado como às vezes encontro dificuldades em lembrar o que comi no almoço, ou até mesmo se almocei, mas os dias que passei crescendo na casa da rua Zaíra, esses eu lembro como se fosse hoje.

Fecho os olhos e de repente me reporto à outros tempos, sinto o gosto da mamadeira de leite com chocolate, sinto a textura e a temperatura da borda de nylon do meu cobertor vermelho, sinto o cheiro do doce de mamão verde que a mãe dos meus amigos fazia. Sinto as batidas do meu coração, a velocidade do vento e as bochechas ruborescidas enquanto corria pela rua a fora.

Nunca fui uma “mocinha”, cresci em uma rua que só havia meninos e assim me criei, com o cabelo desgrenhado, de bermuda e de kichute, totalmente fora dos padrões sociais para uma menina. Hoje sei que meus cabelos não foram feitos para serem presos e nem meus pés para serem calçados e o que realmente importa foram as experiências que acumulei morando naquela rua. O terreno baldio na esquina era local de intermináveis aventuras que começavam pelo andar por cima do muro para chegar à “grande selva”. Até bananeira tinha, aliás quando vi o coração da bananeira passei a acreditar que todas as árvores possuíam um, mas só a bananeira mostrava o seu.

Existia as temporadas de brincadeiras, tempos de pipa, tempos de pião, tempos de skate, tempos de bike e assim por diante, talvez hoje seriam as tendências da moda ou novos modelos de celular. Bastava alguém resgatar um brinquedo ou uma brincadeira que ela se seguia por alguns dias até que se esgotasse. Em uma certa vez, na temporada do carrinho de rolimã, fui desafiada a descer a rua com o carrinho mais rápido (às vezes os meninos me desfiavam por eu ser menina) e quase no fim da descida peguei uma pedrinha e o carrinho capotou ralando boa parte da lateral do meu corpo. Naquela época tínhamos o acordo de que o que acontecia na rua ficava na rua, nós não podíamos entrar chorando em casa, então acredito que talvez minha mãe só saiba do ocorrido por meio desse relato.

Brincar de esconde-esconde era uma mistura de prazer e dor, pois uma vez que você fosse bater cara era quase impossível se livrar, estou falando de esconde-esconde valendo um quarteirão! Ou seja, quando se conseguia bater alguém tinha sempre o último que “salvava o mundo”. Um dia acabei por me esconder em uma árvore na casa da avó da menina da outra rua mas não era uma simples árvore, era um pé de mexerica. Passei o resto do tempo comendo mexerica nem lembrando da brincadeira, quando apareci os meninos teriam me batido se não fosse o tremendo cheiro de mexerica que exalava do meu corpo. E nos dias de chuva então! É incrível como a imaginação e a criatividade das crianças funcionam! Não tínhamos a rua, mas tínhamos todas as possibilidades em nossa mente, o mundo mais secreto de uma criança. Se bem que em alguns momentos um banho de chuva era bem vindo, sentir a água escorrer no corpo e dar grandes saltos em poças d’água era mágico.

Não tínhamos nem metade das informações que uma criança tem hoje, mas tínhamos a vida, ao vivo em nossos olhos, boca, nariz, ouvido e pele. A brincadeira nos tornava poliglotas, engenheiros, alquimistas, artistas e arteiros. Tínhamos experiência!

Um autor* que gosto muito diz que aprendemos muito por meio da experiência porque ela está no presente e vivemos ela intensamente. Ele compara a experiência à paixão. Quem nunca se apaixonou? Basta uma pequena abertura e ela toma conta da gente, entra em nosso corpo, revira tudo por dentro e sai não deixando nada como era antes, seja a felicidade de ser correspondido ou a dor de ser rejeitado. A paixão nos transforma e nunca mais somos o mesmo. Assim é a experiência, a informação passa sem que nada aconteça e a experiência nos transforma. Para uma criança brincar é uma experiência, cada jogo, cada história transforma a vida e o corpo de uma criança, por isso que passa rápido.

Adoro me apaixonar! Ainda me apaixono por histórias contadas por pessoas mais velhas e por cada brincadeira que faço. Às vezes me pego pensando como sou abençoada! Acordo para a arte de viver, a arte de dividir momentos de extremo prazer com as pessoas que estão em minha volta. Em 24 horas passo por todas as fases da minha vida, das que vivi até então, com um olhar de plenitude. Não penso no ontem e nem no amanhã, somente vivo o vento, a chuva, o sol, as risadas, os beijos, os abraços, as lágrimas, as brincadeiras de criança, o êxtase adolescente… há quem julgue tentando seccionar do meu ser a jovem, mas prefiro o paradoxo “ser jovem enquanto velha e velha enquanto jovem”! E assim compartilho as sensações que atravessam meu corpo, consagrando-o em documento da minha própria história. Me faço artista pelo simples acontecimento do VIVER!!!

Tatiana Zavanella

BONDIA, Jorge Larrosa Notas sobre a experiência e o saber de experiência*

O que carrego em meu corpo

O que carrego em meu corpo - Texto

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Projeto Turma 9° Ano – Colégio Caminhar

Na quinta feira, dia 31 de outubro, fizemos a apresentação para os pais do projeto realizado pelos alunos do 9º ano, sobre as escolas de Ensino Médio da nossa região.

Foi um trabalho realizado desde Março, onde os alunos escolheram algumas escolas para pesquisarem o funcionamento, método de ensino, preços entre outros aspectos.

Os alunos trabalharam muito com pesquisas, visitas e conversas, que ajudarão na melhor escolha pelos nossos alunos nessa nova jornada.

Os pais que puderam prestigiar a apresentação de slides dos alunos gostaram muito.

Projeto do 9ano 3

Eu, como orientadora adorei! Meus pequenos brilhantes vocês são mais que especiais. Esperamos que todos tenham muito sucesso e que o projeto tenha ajudado na escolha da nova escola.

Professora Maria Cristina

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Estímulos e Aprendizagem – Colégio Caminhar

A turma do berçário é estimulada constantemente.

A turma do B II, gradativamente foi se apropriando dos espaços da escola e dos materiais que ela oferece, como: big giz de cera, giz de lousa, lápis de cor, tinta, cola areia, revista, dentre outros. Desenvolvemos as atividades com intenções pedagógicas, de forma lúdica e bem prazerosa, afinal criança aprende brincando.

Para mostrar um pouco deste processo de aprendizagem, acompanhem o registro de um dos momentos de exploração dos nossos pequenos.

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Cris Maia

Assistente de Coordenação

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Trabalhos dos 7° e 8° anos

Trabalho 8o ano

A turma do 7º ano do Colégio Caminhar está fazendo um trabalho super bacana com o livro ‘Robinson Crusoé‘. Enquanto leem o livro, fazem pesquisas sobre o autor e sobre o verdadeiro Robinson Crusoé e entendem um pouco a diferença entre uma adaptação e um livro original. Assistiram ao filme ‘Viagem ao Centro da Terra‘ e, ainda, assistirão a uma das inúmeras versões dessa história. Para finalizar, faremos um paralelo comparando todas as versões.

Já os alunos do 8º ano do Colégio Caminhar estão fazendo um trabalho muito bacana sobre LITERATURA DE CORDEL. Iniciamos com as pesquisas e discussões, assistimos a um documentário muito interessante que conta tudo sobre a história do cordel no Globo Rural e agora estamos assistindo ao filme ‘O Auto da Compadecida‘. Além disso, estamos fazendo análises de cordéis, da música Pavão Misterioso e nossos escritores, que já se apropriaram das características do gênero, já arriscam as primeiras produções em duplas! Está sendo  um trabalho muito interessante e recompensador!

Prof.ª Érika

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Crescer, explorar, descobrir e conhecer

Crescer- explorar- descobrir-conhecer

Estes verbos por si só nos  apresentam uma ideia de dinâmica, de ciclo e estão perfeitamente adequados ao crescimento e ao desenvolvimento infantil. Trazem ainda a ideia de mudança. Crescer proporciona a cada dia uma novidade e junto ao crescimento está o aprendizado.

Falando dos bebês, crescer não somente no aspecto físico, mas principalmente intelectual. Diversos fatores contribuem para os avanços dos pequenos, como por exemplo, estimulação e espaços adequados.

A proposta de atividades para o berçário deve ser cumprida conforme as expectativas para cada faixa etária, de modo que  se observe a evolução da linguagem, como exploram recursos e ambientes, como descobrem com curiosidade tudo o que lhes chama a atenção.

Pode parecer abstrato, visto que são tão pequenos, no entanto, se a oferta é boa e diversificada o conhecimento vai se construindo gradativamente. As interações com o outro são necessárias e enriquecedoras, ainda que delas façam parte as contrariedades, os contatos físicos repentinos e por vezes doloridos. Mas contrapondo-se a isto temos os abraços, os carinhos, as rodas, as gargalhadas que são bem mais prazerosas se compartilhadas e imitadas pelos colegas, afinal todos estão se descobrindo e descobrindo a existência do outro.

A construção dessa relação no berçário só é possível coletivamente, acompanhada e mediada pelas educadoras, que também são desafiadas a ofertarem sempre mais.

Apresentamos o mundo aos bebês, ampliando o relacionamento com todos, através dos passeios pelos diversos ambientes da escola, da participação nos eventos comemorativos como aniversários, por exemplo.  Nesses momentos eles tem um espaço reservado exclusivamente para diversão.

Acompanhar o crescimento, a exploração, a descoberta e os passos dos bebês  que freqüentam a escola pode até deixar os adultos que desconhecem essa dinâmica um pouco curiosos, tensos, ansiosos, em conflito e tais reações são facilmente compreendidas, afinal quem não gostaria de estar sempre perto contemplando  cada conquista?

Assim, sugiro a substituição das palavras em destaque no parágrafo anterior por outras que soam melhor para este momento rico de descobertas dos  bebês e que precisam ser vivenciadas sempre em família: ouvir, contemplar, interagir, sorrir, acolher e outras que nos tornem cada vez mais disponíveis para crescer e evoluir junto com eles.

Derivan

Coordenadora

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Festa da Família – Caminhar

Festa da Familia

Nossa festa da família irá acontecer no dia 09 de Novembro, destinada às turmas de Berçário ao Infantil II e o tema deste ano será Brincadeiras Populares.

O brincar é uma ferramenta importante para o desenvolvimento da criança. É ele que abre caminhos para a autonomia, criatividade, exploração e também para a aprendizagem de regras sociais.

A partir da brincadeira a criança aprende a se relacionar melhor com o outro, a ter respeito, compartilhar, a se organizar e desenvolver o seu imaginário.

Além de muita diversão, o objetivo da nossa festa é promover de forma prazerosa a integração de pais, alunos e funcionários, pois sabemos que essa parceria é de extrema importância para o processo ensino-aprendizagem de cada criança.

Lembrando que após as oficinas temos o grande piquenique, momento de nos conhecermos melhor, conversar e se deliciar com as guloseimas trazidas.

Tudo está sendo preparado com muito carinho por todos envolvidos na festa. Contamos com a presença de todos para um dia de muito aprendizado e alegria.

Brincar também é aprender. “Ao brincar com a criança, o adulto está brincando consigo mesmo”.

(Carlos Drummond de Andrade)

Professora Juliana Melro – Infantil I e II

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Projeto Autobiografia – Livro da vida

Projeto Autobiografia

O Projeto que foi além de uma produção de texto.

O que quero apresentar aqui neste texto não é apenas o projeto realizado, com seus objetivos, justificativas, conteúdos, estratégias de ensino, recursos didáticos, produto final e assim por diante… Mas sim como um projeto foi transformador e ainda conseguiu atingir vários objetivos interdisciplinares. Também desejo ampliar a discussão de conteúdos trabalhados em sala de aula e valorizar, para a família e comunidade, a produção dos alunos.

Logo no início do ano, observei que esta turma, em especial, apresentava dificuldades de relacionamento, em aceitar o outro, queriam sobressair-se frente aos colegas. Como educadora, queria encontrar uma forma de sensibilizar o grupo, mas aparentemente, mesmo com os esforços, não conseguia atingi-los de maneira significativa.

Então surgiu a ideia do projeto, conhecer a história de vida de cada um através de uma produção de texto.

A primeira produção deixou a desejar, mas já esperava por isso. Eles estavam mais preocupados em criticar o outro e esqueciam sua própria produção, que não apresentava sequência temporal, início, meio e fim. A história da vida inteira resumia-se em meia dúzia de linhas, relatadas com pouco entusiasmo e sem sentido entre si. Também foi a maneira que encontrei para perceber quais conteúdos gramaticais  precisavam ser retomados e também trabalhados.

A partir daí, eles apreciaram leituras de biografias e autobiografias  e puderam comparar diferentes histórias de vida de autores conhecidos e apreciados pela literatura brasileira, como : Monteiro Lobato, Santos Dumont, Ricardo Azevedo e Dráuzio Varela.  Esta atividade serviu para dar mais subsídios à escrita dos alunos. Os textos e os debates inspiraram a recordar  episódios marcantes.

Então foi criado um roteiro, segmentando a produção em um subtema por semana, com o objetivo de direcionar a escrita e também para que não ficasse tão cansativo para eles.

Projeto autobiografia

Na primeira produção eles tiveram de escrever sua Apresentação Pessoal. Foi sugerido o nome, idade, data de nascimento, descrever características físicas, defeitos, qualidades e o que mais achasse relevante. Depois chegou a vez de falar sobre seu Nascimento e Família, alguns alunos argumentaram que não se lembravam, foram orientados então a relatar o que seus pais e familiares contavam sobre esses acontecimentos. Na terceira proposta com o tema Coisas que aprendi e ganhei, escreveram momentos de aprendizado que foram especiais e objetos que possuem significado.  E para finalizar, relatar um momento marcante na Escola e outro com os amigos.

Em paralelo, nas aulas de Artes, produziram o autorretrato com espelho e um móbile de quebra-cabeça com sua foto. Os alunos ficaram à vontade para criar o seu, conforme suas habilidades. E durante um mês digitavam seus textos atentando-se para a pontuação e ortografia que o computador acusava.

Até então o projeto estava individualizado, no entanto chegou o momento que mais temia… A REVISÃO. A turma iria ler o texto do colega em voz alta e seria a oportunidade de exercitar vários aspectos da gramática, como também a hora de alterar, acrescentar, criticar, entender e modificar termos quando necessário.

Confesso que estava preocupada com a reação da turma em conhecer a intimidade, desejos e limitações do outro. Será que iriam usar isso como argumento para a próxima discussão ou iriam olhar o próximo de maneira compreensiva e afetuosa?

Tive uma feliz surpresa ao descobrir que para cada história revisada, o coração estava aberto. Eles riram, se emocionaram, apoiaram, levantaram questionamentos que foram convenientes para aprimorar e esclarecer a produção e os momentos mais marcantes foram quando todos se abraçavam nas passagens mais emocionantes.  Também abriu-se espaço para comentários, além das perguntas. Demonstraram  sinceridade e respeito.

Os alunos que tinham seus textos revisados foram orientados a analisar cuidadosamente as críticas e sugestões dos colegas, como também ter uma postura crítica para verificar a pertinência do que foi dito pelo colega e a autocrítica para reconhecer os pontos que precisavam melhorar. Depois de finalizadas as revisões, criaram uma poesia coletiva para apresentar o livro e estão enriquecendo cada história de vida com ilustrações e fotografias.

Agora os alunos estão organizando  sua exposição dos livros digitais na Mostra de Artes que acontecerá em novembro. Não percam este momento, apreciem, elogiem, perguntem, façam parte da vida deles também.

Projeto Autobiografia

Projeto Autobiografia

Projeto Autobiografia

Participaram deste projeto também as professoras Maria do Carmo (Artes), na produção do autorretrato, a professora Cristina (Informática), para dar o suporte ao livro digital, e a professora Erika que norteou pontos importantes do projeto e acompanhou pelos bastidores as produções e as evoluções dos alunos quanto à escrita. Os pais colaboraram no envio dos materiais necessários como o espelho, fotos, mídia.  E é claro, as crianças superaram desafios, venceram as barreiras da insegurança na escrita e até de mostrar um lado muito particular que poucos conheciam. Aprenderam a valorizar a produção e a história de vida do outro.

Já tenho muitas ideias para aprimorar, complementar este projeto tão rico e prazeroso que se tornou permanente para as turmas do 3º ano.

Com carinho

Prof. Juliana Lacalle

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Jogos Escolares 2013

Jogos_Escolares_2013

Já fazia alguns anos que o Colégio Caminhar não participava dos Jogos Escolares de Santo André.

Como educadores, entendemos que os Jogos Escolares tem como principal objetivo estimular o esporte na escola e consequentemente descobrir novos talentos, oferecendo a todo e qualquer aluno a oportunidade de participar de uma competição esportiva.

Infelizmente, ao longo dos anos, alguns colégios participantes transformaram este evento numa oportunidade de marketing, tornando o esporte na escola um privilegio de poucos. Em nossas primeiras participações presenciamos as mais diversas atitudes, que ao contrário do que julgamos essencial, contribuíam para a “deseducação” dos participantes.

Por conta disso, há alguns anos optamos por não participar mais dos jogos e foi dessa ideia que nasceu as Olimpíadas Caminhar.

Apesar disso, nunca perdemos a vontade de poder participar desse evento, que consideramos importante para o desenvolvimento pessoal de nossos alunos.

Esse ano a equipe organizadora dos Jogos Escolares, convidou os professores, coordenadores e responsáveis, para um congresso técnico e nesta ocasião as escolas puderam participar da elaboração de algumas regras essenciais, que contemplaram uma participação mais justa das diferentes escolas e suas propostas dentro do esporte.

Sendo assim, achamos o momento oportuno para retomar nossa participação, inicialmente nos esportes individuais.

Nossa participação foi planejada e os alunos foram preparados para as competições, mostrando-se responsáveis, competitivos e maduros para aceitar os resultados finais dentro do que cada um pode fazer de melhor.

Angariamos algumas medalhas, um troféu e o 19º lugar em Santo André entre 49 escolas participantes, o que considero um excelente resultado.

Cada um dos participantes merece nosso respeito e nosso aplauso, pois representou o colégio de forma singular e levando até as competições os princípios que desenvolvemos dentro da escola, mostrando com suas atitudes que mesmo competindo, podemos ser gentis e solidários. Esta certamente é a nossa maior vitória.

Alunos Colegio Jogos Escolares

Agradeço a cada um de vocês pela participação e vamos nos preparar para 2014, provando que a Educação também se faz através do Esporte.

Beijos

Prô Kátia

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A Importância da Leitura

Leitura

Nós do Colégio Caminhar acreditamos que a leitura é a porta para o mundo. É através dela que nos transportamos para outras vidas, outros personagens, vivemos aventuras, sonhamos…e, de quebra, ainda aprendemos: aprimoramos a escrita, melhoramos a nossa capacidade de interpretação. Ler é tudo de bom, mesmo! Por isso, trabalhamos incessantemente a leitura com nossos alunos do fundamental II, em todos os momentos, através de textos, livros, música, imagens…a leitura está aí, à nossa volta, faz parte de nós, assim como o ar que respiramos, não é?

Todos os meses as turminhas têm a oportunidade de ir à nossa biblioteca, que conta com um acervo itinerante de quase dois mil livros e, por quase uma hora, escolhem os livros, folheiam, leem, trocam informações, perguntam, questionam. É um momento muito rico, e quando me dou conta, estão todos em silêncio, lendo, envolvidos na história dos livros escolhidos. Para finalizar, após um mês, fazem uma atividade de reflexão, que pode ser uma ficha de leitura, uma produção de texto em duplas, uma discussão.

Além disso, temos a leitura semestral, com um paradidático escolhido por mim, com livros que abordam questões de interesse para cada idade, como os conflitos da adolescência, amor, medos, etc. Fazemos semanalmente uma roda de leitura, na qual os alunos têm a oportunidade de ler em voz alta, discutir, trocar ideias, fazer críticas.

Durante os quatro anos, os alunos trabalham com os gêneros literários e aprendem a produzir contos, crônicas, poemas, cordéis, textos dissertativos, etc. através de projetos que envolvem pesquisas, trabalhos individuais e coletivos, leituras de textos, análises de filmes e músicas.

E, com o 9º ano, fazemos um trabalho de Literatura Brasileira, Através de uma apostila produzida por mim, os alunos têm a oportunidade de conhecer a história da literatura desde a época do descobrimento, relacionando os acontecimentos literários às artes, música e o contexto histórico que possibilitou todas as mudanças que ocorreram ao longo dos séculos. E saem preparados para estudar o assunto no Ensino Médio.

E, ao final de tudo, como educadora, é uma conquista quando eles dizem que pediram livros de presente de aniversário, quando vêm me mostrar um livro que estão lendo em casa, quando querem discutir sobre um livro, quando dizem que estão lendo um clássico. Percebo que todo o esforço valeu a pena. E mais: percebo que estou formando alunos leitores, questionadores, críticos e prontos para mostrar ao mundo o que sabem.

Professora Érika

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Você tem medo de quê?

medo

Ter medo faz bem. É essencial para a sobrevivência do ser humano, alerta-nos para o perigo e ensina-nos como antecipar e prevê-lo. Dá independência. E, em cada etapa do desenvolvimento, aparecem medos comuns a todos que convivem em uma mesma região e partilham da mesma cultura.

Eles surgem e desaparecem em cada fase da vida. É comum que a criança perca e ganhe um novo medo a cada instante, porque, quando confronta o medo com a realidade, ela ganha segurança. Perde aquele medo, mas pode ganhar outro. A partir dos 6 anos, a criança tem uma noção diferente da realidade. Entende um pouco mais da vida.

O medo, antes relacionado a situações e objetos concretos, cede espaço aos abstratos. Eles começam a desenvolver a lógica, o porquê de determinadas coisas. É uma fase de mudanças, até mesmo na escola, quando começa a ler e a escrever. O medo está mais ligado à rejeição dos colegas, ao mau desempenho escolar e ao ridículo. É muito comum também a criança ter medo da morte e de que os pais morram, porque agora sabe que é um processo irreversível, diferentemente do desenho animado, em que o personagem morre e reaparece na cena seguinte.

Fonte: Revista Crescer

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